Francisca
Tenho reparado imenso que já não me cabes nos braços tão bem, que o teu peso tem aumentado que parece que já não consigo contigo como já consegui, tenho visto que as tuas mãos estão a ficar enormes assim como o resto do teu corpo não paras de crescer de dia para dia e o medo aumenta. O medo de perder uma pequena evolução tua de perder os teus passos, as tuas palavras mal ditas que se vão tornar aos poucos mais nítidas, o medo de perceber que o tempo passa a correr e ainda parece que foi ontem que nasceste, que percebi que era mãe, que aprendi que o meu coração já não permanecia em mim mas andava fora do meu corpo, parece que foi ontem que percebi o que era amar sem limites, que não tinha qualquer dúvida que terias sido a melhor escolha da minha vida. E hoje, hoje estás enorme já tens uma mana, e continuas a crescer sem que o tempo pare, sem que o maldito tempo espere um pouco para aproveitar o melhor de ti, o melhor dos teus abraços e mimos, o tempo não espera para que possa ver melhor os teus pequenos passos. O tempo não para nem o meu amor por ti, contigo aprendi que amar é uma palavra bastante forte para ser dita em vão ou então que este sentimento seja demasiado para que se possa dizer que é amor, talvez seja algo demasiado forte, demasiado sentido para ter sequer uma palavra que o defina.
A mãe ama-te sem qualquer limite sem condições, a mãe simplesmente não sabe o que é este sentimento mas é enorme, é infinito!
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