Urgências
Pela primeira vez corri contigo para as urgências, foi a primeira vez que tiveste uma febre tão elevada que tenha sido preciso levar-te ao hospital, não foi a primeira vez que me tenha sentido desesperada sem saber o que fazer mas foi a primeira vez que tive de correr com medo do pior. Tinhas 39,5 quando disse ao pai vá temos de ir, vesti-te agarrei nas tuas coisas e fomos diretos ao hospital no qual o atendimento não foi o melhor talvez por ser uma mãe jovem pensam que não tenho maturidade para saber o que estou a fazer, mas vê bem amor que nas minhas mãos foi a primeira vez que tiveste a garganta um pouco inflamada, vi a maneira como a médica sei lá eu se era pediatra mas não tem aquele dom de ser médica de crianças, julgava-os mais simpáticos e mal chegamos a senhora que nos atendeu conseguiu ser mais querida que a própria médica. Tinhas na mão um pequeno brinquedo que dá luzes e a senhora que nos atendeu meteu-se contigo e perguntou até se querias uma pulseirinha, como gostas de pulseiras disse que podia mete-la em ti e até achaste engraçado. Indicou-me o caminho para onde teríamos que esperar, era mudança de turnos e vi um médico a sair da sala para onde tu irias, olhou algumas vezes para trás até que teve a dignidade de perguntar "o que tem a criança" e a mãe respondeu está com febre "ah esta bem" voltou as costas e seguiu o seu caminho. Não é que só isso me revoltou um pouco ele viu como estavas impaciente mas o seu turno tinha acabado tinha que ir embora. É só isso! Como se fosse só isso é um bebé ainda e estava com 39,5 de febre. Demos voltas e voltas naquele corredor tu só apontavas impacientemente para o sítio de onde tínhamos vindo, querias ir embora mas teríamos que esperar mais um pouco, eu queria ouvir da boca de um profissional que estavas bem para ficar descansada, mal nos chamaram nem boa noite, nem nada "o que tem a criança" num tom arrogante vi que olhou para mim como se fosse sei lá o quê. Disse que tinhas 39,5 de febre lá mediu a febre mandou tirar-te a roupa e esperar na sala ao lado para que alguém lá fosse dar o parecetamol e esperarmos a ver se a febre baixava. Lá fomos nós, não podia agarrar-te ao colo para não te aquecer e isso foi horrível, choraste, estavas impaciente, já passava da tua hora de dormir há algum tempo, mas não querias dormir ali, agarravas na roupa e pedias-me que te vestisse para irmos embora. Eu não podia naquele momento, senti-me inútil, tentei distrair-te com mil e uma coisas e nada feito. Para aí meia hora depois chegou um casal com um menino, e a conversa foi completamente diferente, afinal era simpática mas só com quem queria. Depois de algum tempo voltou a chamar-nos, entrámos e mediu-te novamente a febre e tinha começado a baixar, avaliou-te e descobrimos que tinhas a garganta inflamada. Pelos menos não saímos de lá sem saber o que se passava, lá passou uma receita e pronto fomos embora. Claro que foi uma noite complicada mesmo que tenhas dormido bem e a meio da noite já nem tinhas febre mas mesmo assim eu não estava descansada é a minha bebé doentinha é normal que não descanse. Francisquinha foi a primeira vez que tiveste doente a sério, felizmente nunca houve nada sério eu fico feliz por isso cuidarei sempre de ti e da mana. Meus amores estarei sempre aqui.
Francisca e Eduarda eu amo-vos!
As melhoras da tua Francisca, o meu profundo desagrado pelo deficiente atendimento que vos deram e lamento imenso a falta de profissionalismo. A inteligência emocional dessas pessoas será quase nula quando deveria ser uma condição sine qua non para poder abraçar tão necessária e dignificante profissão. Lamentável e se reclamas ainda fazem pior, são uma classe que se protege até às últimas consequências :( Beijos a todos
ResponderEliminarobrigada, por isso mesmo as vezes mais vale calar e continuar, para que a situação não piore porque nós precisamos deles e estamos a entregar os nossos bens preciosos às mãos deles. Um beijinho para todos
Eliminar